quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Andando sobre as águas

E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só. E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário; Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus. 
Mateus 14:22-33

O texto bíblico em referência relata uma das mais belas experiências proporcionadas por Jesus aos seus discípulos, vamos refletir um pouco acerca desta passagem:

Jesus quer que enfrentemos a tempestade
O versículo 22 mostra que Jesus ordenou a seus discípulos que entrassem no barco. Ele pretendia proporcionar uma nova experiência àqueles homens. Para tanto, permitiu que enfrentassem tamanha dificuldade, algo que nem mesmo experientes homens do mar poderiam contornar.
São as lutas que nos levam ao amadurecimento, a compreendermos nossas limitações e a dependermos de Deus em tudo. O Senhor permite que enfrentemos um vento contrário no meio do mar para que possamos entender quão frágil é nosso barco, quão limitados nós somos, por mais experiências que tenhamos. A realidade é que sem Ele em nosso barco, não somos páreo para o mar bravio.

À quarta vigília da noite…
Jesus permitiu que os discípulos enfrentassem a tempestade por quase toda a noite. Ele lhes ordenou que fossem ao outro lado antes do anoitecer e foi encontrá-los apenas na quarta vigília da noite. Considerando que a noite era dividida em quatro vigílias, entendemos que eles lutaram contra a tempestade por um longo período. Estavam, portanto, no auge da exaustão e sem recursos para reverter aquela situação.Era, então, a hora propícia para o sobrenatural de Deus. A última hora, quando os recursos humanos se esgotam. Deus não divide sua glória com ninguém, sua poderosa mão se manifesta na última vigília da noite, quando pensamos que é o fim, quando o adversário pensa que venceu…Pra que não restem dúvidas de que é Ele quem opera em nós todas as coisas. Essa é a hora do milagre! 
Se em nossa jornada enfrentarmos tempestades estando em obediência a sua Palavra e, nesse processo, percebermos que todos os recursos estão se esgotando não devemos temer, pois este quadro indica que temos um cenário pronto para a manifestação do poder de Deus em nossas vidas.

…assustaram-se e gritaram de medo…
No versículo 26, vemos a reação do homem natural frente à manifestação da Glória de Deus. Muitas vezes nos julgamos espirituais, mas agimos da mesma forma. Clamamos ao Senhor por sua intervenção e nos assombramos diante do seu agir. Buscamos uma explicação lógica para tudo e quando os fatos contrariam nosso raciocínio, ficamos perdidos, desorientados. Não reconhecemos nosso Deus porque não o conhecemos de fato. 
Os discípulos poderiam esperar que o Mestre, que os enviara para tal jornada, lhes aparecesse numa outra embarcação para lhes salvar. Eles certamente ficariam felizes em serem resgatados pelo Senhor, mas que experiência teriam adquirido? Toda aquela adversidade tinha um propósito. 
Se ao invés de reclamarmos tanto dos nossos problemas passássemos a buscar em oração a orientação de Deus, então compreenderíamos melhor o que Ele deseja nos ensinar. Os discípulos estavam assustados, cansados de lutar contra as ondas, sob as densas trevas da quarta vigília da noite e não conseguiram reconhecer que era o Senhor que se aproximava. Eles já tinham presenciado muitos sinais e maravilhas, mas aquilo era demais...mesmo para o Mestre! Constataram, então, que aquele era um fantasma. 
Tenhamos discernimento e saibamos reconhecer que no momento de maior dificuldade o Senhor não virá a nós num barco mais forte, para nos socorrer, ele virá sobre as águas para nos mostrar que até as circunstâncias que nos assolam lhes são sujeitas. Seus pensamentos não são os nossos pensamentos, seu agir não está vinculado às nossas expectativas.

...manda-me ir ter contigo sobre as águas...
A apresentação de Jesus aos discípulos poderia marcar o final de mais uma bela história, porém algo especial estava por acontecer e aqui falaremos de Pedro e de sua ousadia.Muito lembrado como alguém impulsivo, inconstante, a quem o Senhor não poucas vezes chamou a atenção, Pedro foi o único homem que teve o privilégio de andar com Jesus sobre as águas. Todos os discípulos viram o milagre, mas somente Pedro viveu o milagre. E tudo isso porque enquanto os outros duvidavam de que aquele fosse o Senhor, apenas ele teve ousadia para ir ao seu encontro.
Deus deseja ter comunhão com os seus, Ele deseja ter um relacionamento conosco. Fico a me perguntar o que aconteceria se todos pedissem ao mesmo tempo para ir ter com o Mestre sobre as águas. A possibilidade foi dada a todos, porém muitas pessoas contentam-se em ser expectadores. Não é diferente em nossos dias. Somos como discípulos no barco, olhando para Pedro e nos perguntando, como ele pode ser tão ousado? Será que ele vai cair? Por quanto tempo ele vai permanecer?

Vem...
A resposta de Jesus a Pedro é simples e nos mostra objetividade. Pedro foi direto em seu pedido, Jesus respondeu no mesmo tom: “Vem! “Diante da resposta de Jesus, Pedro deixa o barco e começa a caminhar sobre as águas, até o momento em que, assustado pelo vento, vacila e logo é socorrido pelo Senhor.O que esta experiência significa para nossas vidas?
Podemos visualisar três momentos em nossa jornada:
O primeiro momento refere-se a terra firme. Quando nos sentimos seguros em nós mesmos. Estado em que se encontram muitas pessoas cuja fé é apenas teórica. Não há experiência com Deus, portanto, também não há intimidade.
O segundo momento, é o momento da crise, quando deixamos a segurança da terra, aceitamos a ordem de Jesus e seguimos num mar revolto em obediência à sua Palavra. Muitas pessoas, nessa etapa encontram o conforto em Cristo, que acalma o vento e o mar e sentem-se satisfeitas.
Poucos são os que vivem o terceiro momento, de cresimento espiritual, o momento de experiência íntima com Deus, proporcionado aos que desejam e expressam este desejo com suas atitudes diante do Senhor. Estes deixam seu último resquício de confiança em si mesmo para depender totalmente de Deus. Andar sobre as águas é confiar totalmente em Jesus. Olhar para Ele e seguir. Por isso são poucos os que desfrutam disso. Temos uma tendência natural a nos apoiarmos em alguma coisa. Queremos sentir o solo sob nossos pés, o que pode ser traduzido em condições financeiras, amigos, saúde. Quando andamos sobre as águas só Jesus importa!
Aos que querem viver uma vida de plenitude, abandonando a mediocridade e o conformismo. Aos que já deixaram o porto e estão no barco lutando com a tempestade ao longo de toda noite, sabendo que há um propósito de Deus para esta situação. Jesus não quer apenas que você contemple o seu poder, Ele, numa única palavra te autoriza a viver o seu poder.
“Vem!”
Quando ele te chamar não olhe para o vento, não olhe para as águas, não importa qual a profundidade do mar, pois ele estará sob seus pés. Olhe para Jesus, siga ao seus encontro, ande sobre as águas!!!

Em Cristo
Junior Lima

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Deixando os Túmulos

Lucas 23:50-56 e 24:1-12
50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo 51 (que não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros), natural de Arimateia, cidade dos judeus, e que também esperava o Reino de Deus, 52 este, chegando a Pilatos, pediu o corpo de Jesus. 53 E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. 54 E era o Dia da Preparação, e amanhecia o sábado. 55 E as mulheres que tinham vindo com ele da Galileia seguiram também e viram o sepulcro e como foi posto o seu corpo. 56 E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos e, no sábado, repousaram, conforme o mandamento.

1 E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. 2 E acharam a pedra do sepulcro removida. 3 E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. 5 E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, 7 dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite. 8 E lembraram-se das suas palavras. 9 E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos. 11 E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram. 12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lenços ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.

A passagem que abordamos é de grande conhecimento no meio cristão pois refere-se a ressurreição do Senhor Jesus. Nosso objetivo, contudo, é analisar a expectativa daqueles que o seguiam e ouviam suas palavras. Para tanto, consideremos o seguinte:

Jesus predisse sua morte, porém assegurou que iria ressurgir (Lc 24:6-8) O Senhor não quer que fiquemos confundidos e em todo o tempo está a nos alertar acerca do que irá acontecer a fim de que confiemos nEle para vencer. No entanto, quando os problemas nos alcançam, costumeiramente esquecemos de suas promessas e enxergamos apenas as circunstâncias. Este sentimento atingiu também aquelas mulheres que, conformadas com a sua morte resolveram cuidar de seu corpo levando especiarias e unguento para embalsamar o que lhes restara do Messias. Tal atitude nos mostra um grande amor por Jesus, mas também leva-nos a uma triste constatação: elas concluiram que tudo estava perdido e que nem mesmo Ele poderia reverter aquela situação.

Após compreenderem que Jesus havia ressuscitado as mulheres finalmente se lembraram de suas palavras e logo foram anunciar aos apóstolos que, por sua vez, não lhes deram crédito. Seus próprios discípulos, que estiveram com Ele ao longo de todo seu ministério terreno, resistiram a idéia da ressurreição e duvidaram de seu poder, atentando para as circunstâncias. O que não aconteceu de repente, pois mesmo antes da crucificação já estavam assustados. Após sua prisão eles se dispersaram (Mt 26:56b) e Pedro, que acompanhava tudo a distância, o negou três vezes ao ser confrontado (Mt 26:58-75). E agora, que todos o viram morrer, era como se todas as suas esperanças tivessem morrido naquela cruz. Estavam inclusive voltando as suas antigas atividades (Jo 21:3).
Todos sabemos que com sua morte e ressurreição Jesus restaurou a comunhão do homem com Deus. Mas de uma maneira particular Ele também chamou seus discípulos a compreenderem a verdadeira fé, “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”(Hb 11.1) Era necessário que eles compreendessem que não importavam as circunstâncias, suas palavras não passariam. De igual modo Ele nos ensina que não devemos embalsamar nossas esperanças nos túmulos, nem voltar a nossa antiga vida. Devemos prosseguir, sabendo que tudo o que nos foi prometido certamente se cumprirá.

Muitas vezes enfrentamos situações tão terríveis que parecem não ter reversão. Temos uma fé limitada que depende de algum fator no qual possamos nos agarrar para então continuarmos acreditando. Mas quando perdemos nosso apoio, deixamos de crer. É sempre mais fácil acreditar naquilo que é palpável, que está dentro de uma lógica que podemos compreender. Mas a verdadeira fé consiste no sobrenatural. Tantas pessoas após sofrerem frustações passam a viver de lembranças, apegando-se a elas como se fossem seu último resquício de vida. Mas Deus quer nos trazer para uma nova vida, cheia do Espírito Santo, a saltar as muralhas e avistar adiante onde nos aguarda a restauração de nossos sonhos. É hora de deixarmos os túmulos, pois Ele não está mais ali. Ele já ressuscitou, como havia prometido.

Levantemo-nos para vivermos uma nova história, tenhamos ousadia para como Pedro verificar que o túmulo realmente estava vazio. Temos guardado dentro de nós verdadeiros depósitos para nossas frustações. Grandes sonhos e projetos que abandonamos por causa das dificuldades. Nos esquecemos que o Senhor nos prometeu a vitória no fim e desistimos no meio. Mas assim como a morte e o inferno não o puderam resistir, nossas frustações e temores não poderão conter a manifestação da plenitude de Cristo em nossas vidas.

Em Cristo

Junior Lima

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A voz do Povo é a voz de Deus?

Esse ditado popular tem sido muito utilizado ao longo dos tempos como uma forma de definir qual a melhor decisão a tomar diante de um impasse. Ouvir o povo, ou seguir a maioria, é de fato, uma linha muito usual. Mas até que ponto procede tal afirmação? Em tempos de suposto fortalecimento da democracia, não é raro encontrarmos pessoas tentando aplicar o tal modelo na vida cristã, esquecendo que quando nos entregamos a Cristo, Ele passa a reger todas as áreas de nossa vida. Os políticos principalmente gostam de usar esse tipo de jargão para sustentar suas ações, embora a real aplicação seja quase sempre duvidosa.
Deixando de lado essas questões, o que queremos de fato abordar é a “força opressora” que resulta desse tipo de visão nas lutas que travamos todos os dias em nossa vida com Deus.

Vejamos:
Na frase em destaque, o termo “povo” indica a maioria. E todas as vezes que a maioria segue uma linha, torna-se difícil posicionar-se de maneira contrária. É preciso muita convicção para enfrentar o fluxo das águas, ou como se diz: remar contra a maré.
E agora que constatamos isto vem a bomba: É exatamente isso o que Deus espera de nós!

A Bíblia diz em I Jo 5:19 que o mundo jaz no maligno. Por isso, não devemos amar o mundo nem o que no mundo há – I Jo 2:15. A palavra de Deus nos diz ainda que nos últimos tempos se multiplicariam as iniqüidades, o que faria com que o amor de muitos esfriasse – Mt 24:12.
Estamos vivendo estes tempos, o pecado não apenas se multiplica, mas se torna normal, aceitável… errado é discordar. Não são poucos os que retrocedem e se juntam a “maioria”, deixando-se levar pelo vento…
Para completar, aos que se mostrarem dispostos a obedecer à orientação do Senhor Ele ainda diz que o mundo lhes afligiria… Jo 16:33.
Parece, portanto, uma “missão impossível” não seguir a “massa”.

Será???
Ainda em Jo 16:33 o Senhor conclui a frase dizendo: …mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
Este mesmo Senhor antes de subir ao céu disse que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Mt 28:20b
Á luz da Palavra é possível compreendermos que o cenário atual foi predito pelo Senhor, que não devemos amar o pecado, evidenciado nestes tempos e que obedecendo esta orientação sofreríamos aflições. Diante disso o Senhor nos exorta a não desanimarmos, pois ele venceu e está conosco até o fim.

Deixemos então nossas considerações preliminares para verificarmos se é de fato possível vencer o mundo, romper com os modelos estabelecidos pela maioria e fazer realmente a diferença como um verdadeiro cristão.
Tendo a Bíblia como nossa regra de fé, nosso primeiro texto acerca dessa questão está em I Sm 17. Nesta passagem, temos uma guerra entre Israel e os filisteus. O grande rei Davi é, então, um garotinho ruivo, que se dirige ao local da batalha apenas para levar comida aos seus irmãos mais velhos. E o exército inimigo tem entre seus soldados um poderoso gigante chamado Golias.
Diariamente o gigante desafia o povo de Israel a enviar um guerreiro para lhe enfrentar, no entanto ninguém se mostra corajoso o bastante para enfrentá-lo, mesmo diante dos incentivos do rei Saul para aquele que o pudesse vencer. Davi começa então a fazer perguntas entre os soldados de Israel para obter mais informações e chama-nos a atenção o que diz o seu irmão Eliabe quando percebe a ousadia do garoto – I Sm 17:28.
A seqüência da história narra a vitória de Davi sobre o gigante Golias, o que resultou na vitória de Israel sobre os filisteus.


Vamos agora aplicar às nossas vidas esta conhecida história.
- Todo o povo estava com medo por isso ninguém ousou enfrentar o filisteu.
- Quando finalmente alguém ousou fazê-lo, encontrou resistência no próprio irmão.
- Era do conhecimento de todos e do próprio Davi que ele não poderia vencer o gigante com suas próprias forças. No entanto, Davi, que aparentemente era o menos preparado para a batalha tinha total confiança no Senhor. Característica que faltou a todo exército de Israel.
- Davi enfrentou o gigante com a arma que possuía e, na força do senhor, foi vitorioso.
- Ele não deu ouvidos ao gigante, nem ao temor do povo, nem a reprovação de seu irmão. Pois sabia que Deus era com ele.
- Davi fez a diferença de tal forma, que sendo garoto, influenciou todo o exército por causa de sua grande vitória. Os filhos de Israel perseguiram os filisteus e despojaram seu arraial.
Esta é a vontade de Deus para nossas vidas. Ele está pronto para levantar novos “davis”. Pessoas com coragem para firmar posição mesmo estando sozinhos diante de uma multidão, enfrentar ursos, leões e gigantes.

O início do processo de quem resolve fazer a diferença pode ser difícil, com pessoas colocando em dúvida nossa intenção, como fez Eliabe, e outras que tentando nos ajudar nos oferecem armas que não servem para nós, como fez Saul.
O que dizer então do meio, quando estamos frente a frente com o gigante, que nos amaldiçoa e zomba de nossa pequena estatura e de nossa aparente limitação. Esta é a última tentativa de nosso adversário para nos fazer recuar.
Depois disso vem o fim. E para aqueles que, como Davi, confiam no Senhor, existe apenas um fim, a vitória. Observe que Davi não era louco, ele sabia que não poderia vencer por suas próprias forças. Em I Sm 17:46,47, antes de atacar ele afirma que o Senhor lhe daria a vitória sobre Golias e todos saberiam que havia Deus em israel. Percebemos então que as ações de Davi estavam fundamentadas em sua fé no Senhor. Este era, portanto, o seu segredo para vencer!
Temos ainda muitos outros exemplos de pessoas que enfrentaram a multidão, reis, e exércitos e sendo minoria obtiveram grandes vitórias.
Podemos mencionar Ananias, Michael e Azarias, no livro de Daniel, que enfrentaram Nabucodonosor e foram lançados na fornalha de fogo ardente. Diante do livramento do senhor o rei reconheceu a soberania de deus. Ou ainda Gideão que enfrentou o grande exército midianita com trezentos homens. A mulher do fluxo de sangue, que sendo mais uma entre tantos que tocavam o Senhor em meio à multidão, foi curada por acreditar que a virtude do Senhor lhe alcançaria por meio de um simples toque na orla dos seus vestidos. Fico a imaginar o gigante, que para ela era uma enfermidade incurável, a lhe dizer que era impossível, que todos os recursos já estavam esgotados… e ela continuou até alcançar a sua vitória. E Bartimeu… o que dizer dele? O povo dizia para ele se calar… sem dúvida essa não era a voz de Deus. Pois quando o Deus Filho ouviu seu clamor, mandou que o chamassem.

Por fim a Bíblia nos afirma de forma categórica que nós podemos vencer. Mais que isso, ela nos traz diversos exemplos de pessoas que venceram a voz do povo, a multidão, as circunstâncias.

A voz do povo não é a voz de Deus. Enquanto o povo teme o inimigo, Deus te chama para o combate, enquanto o povo sofre tendo sua colheita levada pelo opressor, Deus te chama para enfrentar o inimigo com trezentos homens, enquanto o povo está tateando no escuro, o Senhor percebe o teu toque e libera a sua virtude sobre a tua vida. Enquanto o povo manda você se calar Deus te chama e pergunta o que você quer que ele te faça.

Ouça a voz de Deus e faça a diferença!
Não seja influenciado pelo mundo!
Influencie o mundo!

Em Cristo

Junior Lima

12/09/2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Amoroso olhar de Jesus

...Jesus olhou para ele e o amou...Mc 10:21 NVI


O trecho em destaque está contido no capítulo dez do livro de Marcos e narra o encontro de Jesus com um jovem rico, o qual se apresenta diante do Senhor gabando-se por ser um homem correto, porém receoso de seu futuro na eternidade. Seu questionamento sobre a vida eterna nos permite deduzir que seu bom caráter não parecia lhe dar segurança quanto ao céu, todavia sua expectativa era de ouvir uma palavra de aprovação, ou pelo menos uma tarefa a cumprir que lhe custasse menos. Ele jamais imaginou que Jesus lhe diria para abrir mão justamente daquilo em que seu coração estava mais apegado...
Todos os que já leram essa passagem sabem que Jesus lhe respondeu que algo ainda estava faltando e o jovem não se dispôs a fazê-lo, mas o que me chamou atenção nesta leitura não foram as características ou a reação daquele jovem diante do que Jesus lhe propôs, mas sim o que Jesus sentiu por ele.
Jesus olhou para ele... é o que nos mostra o versículo 21. Em outra versão encontramos o termo "fitou", ou seja, "olhou atentamente"...Fico a me perguntar quantas coisas este olhar revelou...
E olhando-o, Jesus sentiu afeto por aquele homem!
Ele percebeu que algo faltava aquele rapaz e era por isso que ele não tinha certeza de sua salvação, buscando em Jesus a resposta. Algo que estava além de sua boa conduta, algo que exigia total desprendimento, total submissão a vontade de Deus.
E percebendo que isto lhe faltava, Jesus sentiu amor por ele...
O desfecho desta conversa é conhecido, mas quero mais uma vez chamar atenção para aquele olhar, que alcançou os sentimentos mais profundos daquele coração, e mesmo diante de uma falha se encerrou em amor.
Quando Deus olha para nós e vê nossas imperfeições, Ele não nos rejeita, mas nos orienta para que possamos estar em plena comunhão com ele. Ele consegue ver nosso desejo de acertar, mas sabe que apenas isso não é suficiente. Ele nos dá o seu olhar de amor. E nós? Podemos dar a ele aquele espaço reservado em nosso coração para satisfazer apenas a nossa vontade?
Ainda hoje o Senhor está a nos contemplar com seu amoroso olhar. Ele vê tantas pessoas de boa conduta mas que ainda não desfrutam em seu coração da paz que excede todo entendimento. Porque a salvação não é alcançada pelas obras, mas sim pela fé. E se entregar por completo a Cristo é um ato de fé.
Como fez aquele moço o Senhor te olha, te ama e te diz: "Falta-te uma coisa", "Filho meu dá-me o teu coração".
O jovem rico tinha seu coração preso as suas riquezas, em que está preso o teu coração?
Seja qual for a tua resposta saiba que tesouro algum pode se comparar a alegria daquele que, sendo alcançado por seu olhar de amor atende ao seu chamado, pois aquele mesmo amor encherá seu coração. Então, não haverá mais dúvida, não faltará mais nada, pois Cristo nos satisfaz.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A mais sublime promessa de Deus a Davi

Comprei uma Bíblia Viva, aliás quero recomendá-la a todos que desejam  obter uma melhor compreensão das Escrituras, principalmente aos jovens. Conservo comigo um exemplar da versão revista e corrigida, que ainda considero ser ideal para leituras em grupo, mas devo dizer que passei a desfrutar de momentos muito interessantes com esta nova ferramenta.
Isso é curioso, pois quando era mais jovem, sempre tive resistência a essas "inovações". Mas hoje, compreendo que embora a Palavra da Deus não mude, nosso idioma está em constante transformação. Cabe ressaltar ainda, o cuidado dos tradutores quanto a conservação da mensagem existente nos textos originais dando credibilidade que pode ser comprovada quando fazemos uma leitura comparativa, aliás essa prática está se tornando meu novo hobby. Por tudo isso, acredito que esta pode ser uma ferramenta importante para levar muitos homens e mulheres a um conhecimento mais profundo da Mensagem do Evangelho.
Mas deixemos este assunto, pois não é este o propósito deste post. Na verdade, mencionei a versão da Bíblia porque nela comecei a ler o I Livro de Samuel e a leitura estava tão boa que li o primeiro e segundo livro de uma vez...
Os que gostam de ler devem saber que Davi destaca-se neste contexto e, de fato atentei bastante para toda sua trajetória.
Muita gente fala de Davi, e não por acaso, pois ele foi um dos mais ilustres reis de Israel. Poderíamos fazer diversos comentários a seu respeito, e obter inúmeros aprendizados para nossas vidas a partir de seus erros e acertos. Mas não temos o propósito de desenvolver estudos tão profundos...Talvez um dia, se o Senhor nos der graça para isso.
O texto acerca do qual quero refletir está em II Samuel 7 e nos apresenta um Rei Davi que ao pensar em tudo quanto o Senhor lhe fizera, sentiu-se incomodado por morar em um palácio enquanto a Arca de Deus estava em uma tenda. Nasceu então em seu coração o desejo de construir  um templo.
Após trazer ao conhecimento do profeta Natã, Davi recebeu uma resposta negativa de Deus, mas ela veio com uma grande promessa, a mais sublime que Davi recebera...

Vejamos o texto: II Samuel 7:5-16
5 - Vai, e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR: Edificar-me-ás tu uma casa para minha habitação?
6 - Porque em casa nenhuma habitei desde o dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de hoje; mas andei em tenda e em tabernáculo.
7 - E em todo o lugar em que andei com todos os filhos de Israel, falei porventura alguma palavra a alguma das tribos de Israel, a quem mandei apascentar o meu povo de Israel, dizendo: Por que não me edificais uma casa de cedro?
8 - Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eu te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o soberano sobre o meu povo, sobre Israel.
9 - E fui contigo, por onde quer que foste, e destruí a teus inimigos diante de ti; e fiz grande o teu nome, como o nome dos grandes que há na terra.
10 - E prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar, e não mais seja removido, e nunca mais os filhos da perversidade o aflijam, como dantes,
11 - E desde o dia em que mandei que houvesse juízes sobre o meu povo Israel; a ti, porém, te dei descanso de todos os teus inimigos; também o SENHOR te faz saber que te fará casa.
12 - Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
13 - Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.
14 - Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.
15 - Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
16 - Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.

O que dizer diante de tal promessa???
II Samuel 7:18-29
18 - Então entrou o rei Davi, e ficou perante o SENHOR, e disse: Quem sou eu, Senhor DEUS, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?
19 - E ainda foi isto pouco aos teus olhos, Senhor DEUS, senão que também falaste da casa de teu servo para tempos distantes; é este o procedimento dos homens, ó Senhor DEUS?
20 - E que mais te pode dizer ainda Davi? Pois tu conheces bem a teu servo, ó Senhor DEUS.
21 - Por causa da tua palavra, e segundo o teu coração, fizeste toda esta grandeza; fazendo-a saber a teu servo.
22 - Portanto, grandioso és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus senão tu só, segundo tudo o que temos ouvido com os nossos ouvidos.
23 - E quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem Deus foi resgatar para seu povo, para fazer-te nome, e para fazer-vos estas grandes e terríveis coisas à tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as nações e a seus deuses?
24 - E confirmaste a teu povo Israel por teu povo para sempre, e tu, SENHOR, te fizeste o seu Deus.
25 - Agora, pois, ó SENHOR Deus, esta palavra que falaste acerca de teu servo e acerca da sua casa, confirma-a para sempre, e faze como tens falado.
26 - E engrandeça-se o teu nome para sempre, para que se diga: O SENHOR dos Exércitos é Deus sobre Israel; e a casa de teu servo será confirmada diante de ti.
27 - Pois tu, SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel, revelaste aos ouvidos de teu servo, dizendo: Edificar-te-ei uma casa. Portanto o teu servo se animou para fazer-te esta oração.
28 - Agora, pois, Senhor DEUS, tu és o mesmo Deus, e as tuas palavras são verdade, e tens falado a teu servo este bem.
29 - Sê, pois, agora servido de abençoar a casa de teu servo, para permanecer para sempre diante de ti, pois tu, ó Senhor DEUS, o disseste; e com a tua bênção será para sempre bendita a casa de teu servo.

Confesso que as lágrimas me vieram aos olhos quando li esta passagem...fico a imaginar o que Deus sentiu quando Davi desejou edificar um lugar para honrar ao Senhor e mais ainda, imagino o que sentiu Davi diante de tão maravilhosa resposta.
Davi, cujo nome significa Amado, é chamado de "o homem segundo o coração de Deus". Encontrei em outros endereços eletrônicos pessoas que demonstravam ira em seus comentários porque tanta gente usa este termo. "Ele foi homicida, traidor, adúltero, conivente com os erros de seus filhos, tentou ao Senhor quando fez o censo de Israel!" - diziam eles -  E tudo isso é verdade...Mas quantas pessoas na Bíblia tinham tanto desejo de agradar ao Senhor? Quantos poderiam representar de melhor maneira o que é ser um verdadeiro adorador?
Deus disse a Davi que não seria ele quem construiria o templo, mas ficou tão tocado com aquele desejo de agradá-lo que lhe prometeu que de sua linhagem estabeleceria um reinado que não teria fim!

Aqui nossa reflexão entra num ponto complicado...
A linha do tempo nos mostra que as coisas não caminharam da mesma forma após a morte de Davi. Embora o Senhor tenha se apresentado a Salomão, seu filho, e tenha lhe abençoado em abundância, ele não permaneceu nos caminhos do seu pai e o reino foi rasgado.
Depois disto, vieram alguns reis que temeram ao Senhor, e muitos outros que o desprezaram e fizeram Israel pecar. O povo hebreu nunca mais foi o mesmo...
Vieram outros povos, e o afligiram por causa de seus muitos pecados. Cativeiro, destruição e morte...
Teria o Senhor esquecido de sua promessa? Teria Ele revogado a sua palavra? Estariam seus planos frustrados?

Enquanto me angustiava com essa indagação lembrei-me de um cego, que enquanto mendigava ouviu que um certo Jesus estava passando. Sim, ele era cego, mas podia ouvir muito bem. Na verdade a audição de todo cego costuma ser mais apurada...e ele não apenas ouviu que Jesus está por perto, mas já conhecia sua fama...
E que relação tem o cego com a frustrada promessa de Deus feita a Davi?
É que o cego Bartimeu, era um homem bem informado ele de alguma forma tinha conhecimento de que Jesus, como filho de José, era descendente direto de Davi.
"Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!" Era o clamor de Bartimeu registrado em Marcos 10:47,48
O médico Lucas, autor de um dos Evangelhos, preocupou-se em registrar em Lc 2:4 e Lc 3:23 que mesmo como homem, Jesus nasceu em linhagem real. Ao contrário do que muitos pensam, não foi apenas Maria a escolhida para ser mãe de Jesus, mas também José, seu pai terreno. E a promessa de Deus a Davi evidencia isso, pois Ele lhe dissera que após sua morte levantaria um rei e que seu reinado permaneceria eternamente. Mesmo após Salomão ter se desviado de Deus, geração após geração o Senhor esteve conservando a linhagemde Davi, pois num outro tempo, aquela promessa se cumpriria.
Observemos ainda que Deus também fizera uma promessa de redenção a Adão e Eva, quando estes pecaram; e também a Abraão, quando lhe chamou.
Deus preparou tudo, mesmo após Israel ter pecado tantos vezes, após o cativeiro, e tantas outras crises.
A promessa não estava perdida e ela se cumpriu em Jesus, o filho de Davi, Rei dos Reis!
Pois é...Deus é fiel! e como disse Davi, Sua Palavra é a verdade! Mas isso não significa que seu cumprimento será de acordo com nossos termos, nossos cálculos ou nossos padrões. Deus tem a sua maneira de agir, "Seus pensamentos são mais altos que nossos pensamentos..."
Então diante de sua fidelidade só nos resta repetir o que diz Davi ao final do versículoversículo 18: ...Quem sou eu, Senhor DEUS, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?

Por fim, quero frizar algo que acredito ser a lição mais gloriosa existente aqui:
A palavra de Deus não volta vazia. Ele sempre prepara um caminho novo e inesperado para realizar o seu propósito. Por mais que a promessa pareça estar esquecida, ou mesmo que as circunstâncias apontem para um final frustrante, a orientação de Jesus é: "crê somente".
O que Deus determinou se cumprirá de uma forma muito mais bela do que aquela que imaginamos! E só então será possível compreender que em todo o tempo Ele estava cuidando de nós, preparando tudo, para que pudéssemos viver, no momento certo, algo que está muito além do que pedimos ou pensamos(Ef 3:20).

Glórias pois a ELE!

Em Cristo
Junior Lima

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Meditando em Êxodo 17 - Moisés, Josué, Arão e Hur

O cápítulo 17 de Êxodo, narra uma batalha entre Israel e os amalequitas. Nesta passagem, Moisés envia Josué, que mais tarde seria seu sucessor, para liderar o exército de Israel, enquanto isso, ele se posiciona acima do campo de batalha tendo em sua mão a "vara de Deus".
Arão e Hur acompanharam Moisés e observaram que enquanto suas mãos estavam erguidas, Israel prevalecia contra o inimigo, mas quando lhe pesavam os braços, os amalequitas prevaleciam contra Israel. Diante disso, os dois decidiram ajudar sustentando seus braços até o sol se por. Assim, Josué feriu os amalequitas ao fio da espada e o povo de Israel foi, mais uma vez, vitorioso.


Duas observações nos chamam atenção neste texto:

1º Todos tem o seu papel, cada um com a sua importância - Moisés era o líder, que tinha sobre si a unção de Deus, e ao erguer suas mãos, fazia com que Israel prevalecesse; Arão e Hur, foram o suporte de Moisés, garantindo que suas mãos permanecessem erguidas durante toda a guerra e; Josué, sob a orientação de Moisés, foi o obediente e corajoso guerreiro que conduziu o exército para a vitória.

2º Todo bom líder precisa de uma boa equipe de apoio. É importante que ao percebermos um chamado especial de Deus sobre alguém próximo a nós, tenhamos humildade e desprendimento para nos apresentarmos como suporte, pois ainda que não sejamos o grande líder, lutamos a mesma guerra e a vitória alcançada será de todos.

Muitas pessoas não foram chamadas para liderar, e sim para serem suportes. Isso, não os faz menos importantes! Observemos que a vara de Deus estava com Moisés, no entanto, seus braços estavam cansados, e para chegar a vitória, foi necessária a participação daqueles dois homens, que não se preocuparam com posições, mas preocupados com um bem maior, reconheceram a autoridade de Deus que estava sobre Moisés. Eles poderiam ter proposto um sistema de rodízio, no qual cada um ficaria com a responsabilidade por um período, o que, a princípio, resolveria o problema. Mas era sobre Moisés que repousava a unção de Deus.
Com frequência, encontramos pessoas que anelam por uma posição de destaque, não apenas em sua vida secular, mas também no meio cristão. Não é ruim desejar ser um instrumento usado por Deus, mas precisamos compreender que ser instrumento não é apenas erguer as mãos e realizar prodígios, as vezes, é sustentar, orar, interceder... Precisamos antes de tudo compreender o que o Senhor quer de nós e assim cumprir com dedicação a carreira que nos está proposta (Hb 12:1).
Que todos nós, quer sejamos líderes como Moisés, guerreiros como Josué, ou apoiadores como Arão e Hur, possamos cumprir o nosso papel no Reino de Deus ...firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co 15:58)

Em Cristo

Junior Lima

domingo, 26 de junho de 2011

O que ouviremos naquele dia?

Vinde benditos de meu Pai...(Mat 25:34) ou Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mat 7:23).
Embora muitos tentem apresentar outras possibilidades, a Bíblia é categórica acerca daquele grande dia. Existem apenas dois destinos possíveis: aos que creram e foram fiéis ao Senhor, a vida eterna; aos que não creram, a perdição eterna...
Todos os domingos pela manhã temos um encontro com o Ministério de Louvor da Igreja e na manhã de hoje nos foi ministrada esta palavra.
Meditando nisso, lembrei-me do que consta em II Timóteo 2:19. O Senhor conhece os que são seus e para os que ainda tem dúvidas acerca disso, pode-se dizer que naquele dia todas as dúvidas serão sanadas.
O Salmo 1:6 mostra-nos que "O Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá..."
Quando agradamos ao Senhor, Ele não apenas nos conhece, mas dá testemunho de nós:
Foi assim com Davi: Sl 89:20, I Sm 13:14 e ainda com Jó, conforme vemos em Jó 1:8

Que em todos os nossos dias possamos ser homens e mulheres íntegros, que se desviam do mal, buscando sempre agradar a Deus para que naquele dia Ele possa nos chamar para que estejamos com Ele para sempre.

Em Cristo
Junior Lima

sábado, 25 de junho de 2011

A lição de Naamã

A Bíblia nos relata no segundo livro dos Reis, capítulo 5, a história de Naamã, um importante soldado que apesar de seus muitos feitos tinha uma terrível doença que o tornava impuro, impedindo-o de se sentir plenamente feliz. Ele tinha o respeito do rei, uma boa casa, uma família, mas aquela doença era para ele como um vazio que não podia ser preenchido por honra alguma.
Quando se viu diante da possibilidade da cura ele não hesitou e foi ao seu encontro.
O que aquele valente e orgulhoso soldado não sabia é que para obter a sua desejada cura teria que descer as humilhantes águas do rio Jordão e não apenas uma, mas sete vezes...
Irado diante de tal insulto, Naamã quis desistir, mas foi aconselhado a obedecer a orientação do homem de Deus e assim, mergulhou sete vezes no Jordão e ao final tinha sua pele limpa como a de uma criança.

Essa passagem bíblica nos deixa muitos aprendizados como o desprendimento daquela menina, cujo nome não é relatado, e que mesmo sendo escrava desejou o bem de seu senhor e lhe trouxe a mensagem que resultou em sua cura. Podemos lembrar, ainda, de Eliseu, que não aceitou pagamentos pelo que fizera, pois sabia que todo o poder provinha de Deus. Mas, sem dúvida, a lição de humildade dada a Naamã nos toca profundamente o coração.
Quantas pessoas neste mundo desfrutam de elevada posição social, fama, dinheiro, amigos...Mas sentem em seu coração um vazio que nada pode preencher. Como uma doença que nem mesmo o melhor médico pode diagnosticar...Mas em sua arrogância, não querem aceitar a verdadeira cura.
Se você se encontra assim e deseja mudar, você está a sete mergulhos de uma nova vida...
Enquanto descemos ao Jordão, reconhecemos diante de Deus que somos pecadores, que precisamos de seu perdão por meio do sacrifício de seu filho Jesus. Ao longo dos sete mergulhos nós o aceitamos como Salvador e Senhor de nossas vidas. e quando emergimos das águas somos novas criaturas. Não há mais lepra, não há mais vazio, porque nosso coração foi preenchido pela sua gloriosa presença.

Em Cristo
Junior Lima

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Primeira postagem: Nosso real propósito

Como primeira postagem, quero informar a todos que por aqui passarem que este blog não tem o propósito de discutir com aqueles que perdem seu tempo na internet procurando criar polêmicas que em nada glorificam o nome do Senhor.
Papel de parede 'Bíblia e Vela'
A todos vocês que, como eu, compartilham do mesmo sentimento que Paulo menciona em II Coríntios 5:14, que amam a Palavra Deus, por meio da qual nos foi revelado o seu infalível amor e seu glorioso plano de salvação, sejam bem-vindos para compartilhar reflexões e experiências proporcionadas por uma vida com Cristo.
Que o nome do Senhor Jesus Cristo seja louvado para sempre.

GRAÇA E PAZ A TODOS!
Junior Lima